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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Na mochila levo de tudo um pouco que me faz ser eu.


Por onde ando levo comigo tudo que nessa vida eu construí, porém em quantidades pequenas para que eu consiga carrega-las em uma mochila, dessas que levamos para a praia com muitas coisas, mas em quantidades suficientes para fazer sentido.
Coloco a saudade dos momentos que ficaram para trás, do ano que passou, da década passada e da minha infância, o suficiente para não esquecer que na minha personalidade tenho um pouco de cada um que participou dos diversos tempos e espaços por onde andei.
A leitura que faz ir além da fantasia e da imaginação, que faz da criança, o adulto e o ser humano que vive em mim, que é combustível para o meu trabalho. Essa tem lugar garantido na pequena mochila.
 O chimarrão tem seu cantinho na mochila. Ele remete a minhas origens, e nele um pouco da espiritualidade de cultuar a cuia que passa de mão em mão, entre rodas de amigos, no trabalho, na família.  O chimarrão que remete a saudade de meu avô, do meu pai, daqueles que não estão mais aqui, mas que estão no meu Eu e que foram sustento em muitos momentos.
Ah, na mochila não pode faltar o chinelo que remete as várias andanças nessa vida, o símbolo das caminhadas perdidas, dos caminhos traçados, dos amores vividos e das amizades transformadas em conversas dispersas ou em relações de reciprocas de confidencias. Ao tempo que são suporte para o amor do presente e novas histórias de amigos do hoje e do amanha, das conquistas que virão e das prováveis derrotas.
Nossa! Tantas outras coisas que na mochila eu carrego, mas sem esquecer que levo de tudo um pouco, mas o suficiente para ser Eu, sem pedir emprestado o básico, mas sem ser arrogante. Se por acaso algo faltar na mochila, vou em busca de uma mão na imensidão do horizonte que possa um empréstimo fazer. Assim eu levo de tudo um pouco para apenas ser Eu.
  


Verão de 2015.

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