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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016



Assim é a vida.

    Na vida imensa, no mundo a partilha.  
No mundo imenso, intensa vivência.

Na estrada percorrida, perguntas não respondidas.
No fruto da lida, esperanças perdidas.
Na afirmação, transformadas incertezas.

Nas idas e vindas, respostas construídas.
Nas perguntas, novos caminhos percorridos.
Nas andanças da vida, caminhadas perdidas.
Nas esperanças, novos mundos desvendados.
Nas respostas, interrogações inovadas.

Nos mundos pequenos, retalhos de vidas.
Nos caminhos traçados, colheitas vencidas.
Nos pensamentos perdidos, imensas respostas.
Nos rumores da vida, achados certeiros.

No anseio e na busca, a intensidade da vida.
Na certeza da vida, o mundo é partilha. 

Escrito no final da manhã de 29/01/2016 - Cansado da escrita acadêmica, uma pausa para brincar poeticamente com as palavras e traduzi-las em vida.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Na mochila levo de tudo um pouco que me faz ser eu.


Por onde ando levo comigo tudo que nessa vida eu construí, porém em quantidades pequenas para que eu consiga carrega-las em uma mochila, dessas que levamos para a praia com muitas coisas, mas em quantidades suficientes para fazer sentido.
Coloco a saudade dos momentos que ficaram para trás, do ano que passou, da década passada e da minha infância, o suficiente para não esquecer que na minha personalidade tenho um pouco de cada um que participou dos diversos tempos e espaços por onde andei.
A leitura que faz ir além da fantasia e da imaginação, que faz da criança, o adulto e o ser humano que vive em mim, que é combustível para o meu trabalho. Essa tem lugar garantido na pequena mochila.
 O chimarrão tem seu cantinho na mochila. Ele remete a minhas origens, e nele um pouco da espiritualidade de cultuar a cuia que passa de mão em mão, entre rodas de amigos, no trabalho, na família.  O chimarrão que remete a saudade de meu avô, do meu pai, daqueles que não estão mais aqui, mas que estão no meu Eu e que foram sustento em muitos momentos.
Ah, na mochila não pode faltar o chinelo que remete as várias andanças nessa vida, o símbolo das caminhadas perdidas, dos caminhos traçados, dos amores vividos e das amizades transformadas em conversas dispersas ou em relações de reciprocas de confidencias. Ao tempo que são suporte para o amor do presente e novas histórias de amigos do hoje e do amanha, das conquistas que virão e das prováveis derrotas.
Nossa! Tantas outras coisas que na mochila eu carrego, mas sem esquecer que levo de tudo um pouco, mas o suficiente para ser Eu, sem pedir emprestado o básico, mas sem ser arrogante. Se por acaso algo faltar na mochila, vou em busca de uma mão na imensidão do horizonte que possa um empréstimo fazer. Assim eu levo de tudo um pouco para apenas ser Eu.
  


Verão de 2015.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Educar para que? Para quem? E por quê? A educação está em crise ou a sociedade perdeu o rumo?




Em um momento em que se vê de forma aparente ou de forma destorcida, dependendo da realidade, uma crise na educação, uma crise de educadores, uma crise de educandos e uma crise de famílias.

Várias perguntas devem nortear uma reflexão, não apenas por parte da educação como área  significativa da sociedade, mas sim de toda a sociedade. é preciso se perguntar se a crise é da educação ou da estrutura social que vem sofrendo uma inversão de valores.

A culpa é da Universidade que não prepara o professor para ser um polivalente que além de mediar  processos de aprendizagem  necessita entender melhor o desenvolvimento infantil e  juvenil e fazer também o papel de assistente social?

Ou a culpa é do professor que está descomprometido e desmotivado? Mergulhado em um processo de vitimação por quanta de uma divida social pela  desvalorização salarial e dessa forma organiza um discurso que limita a sua qualidade de trabalho?

Podemos colocar a culpa nos políticos que necessitam de uma crise constante na educação, pois só assim teremos um povo que não enxerga a necessidade de criticar o que não esta bem e acreditar em promessas ou em soluções mágicas defendidas em programas políticos.

A culpa cabe bem a crise que a família vem enfrentando, essa não se compromete com a busca de uma educação de qualidade, criticando o trabalho das escolas ou não enxerga a sua parcela na educação das suas crianças e jovens, deixando tudo a mercê das instituições de ensino.

Bom ainda pode-se colocar a culpa da crise na educação nos novos processos tecnológicos, nas tendências pedagógicas descomprometidas ou ainda na necessidade que a natureza humana tem de se acomodar e reclamar que tudo não esta bem.

A reflexão poderia não parar se buscarmos a culpa, os culpados o que precisamos entender que só nós, agentes sociais e transformadores da nossa realidade poderemos mudar o cenário, seja na escola, na família, na universidade ou na politica. O maior erro que o homem comete é fragmentar demais a sociedade em busca de culpados e desculpas para não assumirmos o nosso papel social.

Se fossemos capazes de  nos fazermos seguidamente essas três perguntas: Educar para que? Para quem? E por quê? Seriamos melhores pais, professores, políticos, passaríamos a sermos verdadeiros formadores e educadores independente da posição que ocupamos na vida de nossas crianças, adolescentes e jovens.

O que a sociedade precisa para achar rumos melhores é que os adultos se tornem melhores no presente e no futuro, e que a educação seja um processo continuo, indiferente da estrutura social em que esta sendo vivenciada, família, escola, universidade, casas legislativas. Só assim poderemos pensar em dias melhores, pois realmente acredito que a educação esta em crise mas essa crise se da  porque a sociedade perdeu o rumo.    

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Um sonho realizado com a participação de muitas mãos


Com esse título defino a emoção que senti ao descerrar a placa que inaugurou o prédio que abrigará o Polo de Educação Infantil Kelvin Vieira Sakai. A experiência vivenciada durante a luta para a finalização da obra vai ficar marcada para sempre em minha vida.
A  união das forças vivas de um pequeno município  foi o fundamental, foram profissionais do executivo municipal, profissionais liberais,  pequenas empresas somadas a dedicação dos funcionários públicos que permitiu a finalização da obra.
Relaciono isso a importância da comunidade trabalhar unida em prol de causas que vão ao encontro dos interesses sociais, penso que só assim poderes vislumbrar o desenvolvimento social e econômico de nossa comunidade.
Mais significativa se torna essa experiência por se tratar de uma escola, e uma escola que vai se dedicar a dar inicio ao desenvolvimento dos pequenos, uma instituição de educação infantil, que abrigará alunos do 0 aos 5 anos de idade.
Muito se fala que a educação é o caminho para as mudanças sociais, que o professor e os profissionais que trabalham com educação têm nas mãos a matéria prima para mudar as grandes mazelas sociais.
 Portanto, poucas são as ações em conjunto por parte da sociedade e das políticas públicas que se efetivam  realmente dando condições para que a educação cumpra com seu papel de  agente  social da mudança.   
Ao finalizar essa reflexão, penso que o exemplo por parte da sociedade e do poder publico foi dado, cabe os profissionais da educação transformarem a obra física em obra também pedagógica, dando significado  a palavra pedagogia, prática de educar, ensinar, encaminhar, direcionando a criança no caminho da aprendizagem em busca do conhecimento.
Professores reunidos planejando as atividades de acolhida para os alunos no novo prédio
 
 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O PASSE LIVRE ESTUDANTIL É SIGNIFICATIVO NA MINHA VIDA


imagem retirada:http://www.democraciasocialista.org.br/democraciasocialista/artigos/item?item_id=209157
 
A vida nos proporciona momentos significativos. Lembro-me da minha trajetória de estudante quando, com 14 anos, deixei a casa de meus pais em busca de um curso profissionalizante e ingressei como aluno interno do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG). Foi difícil, a saudade e a insegurança tomaram conta de mim.

Enfim eu venci e me orgulho das dificuldades que encontrei. Entre elas a dificuldade no deslocamento de Pelotas para Herval e o quanto era inviável economicamente para um filho de trabalhador rural e de uma professora, mas disso me orgulho mais ainda.

Tive a oportunidade de participar de movimentos sociais, como o movimento estudantil. Tenho orgulho de guardar a carteirinha do Grêmio Estudantil do CAVG, onde exerci o cargo de secretário em 1999. Nele militei por causas como a continuidade do internato, modalidade de ingresso na instituição, que me possibilitou alimentação e moradia gratuitos.

Lembro-me das manifestações que realizávamos no campus da universidade. Éramos cheios de entusiasmos e lutávamos por causas e benefícios que não eram só para nós. Hoje eu entendo isso, um exemplo que citei, o internato que por muitos membros da reitoria era tido como desnecessário e que dava prejuízos para a universidade, hoje esta lá recebendo alunos da minha cidade.  Acredito que naquela época contribuí com a luta pela permanência do mesmo.

Ao ler o artigo no site da União Nacional dos estudantes com o titulo “Passe estudantil já é lei no RS - e principalmente o trecho que revela a luta dos estudantes e que aqui o transcrevo: “Para o vice-presidente da União Nacional dos Estudantes no RS, Álvaro Lottermann, ‘essa é uma vitória das ruas, construída pela trajetória de luta da juventude brasileira’” - renasceram em mim os dias de militância e a importância da minha luta, há 10 anos. Pena que as politicas públicas andam a passos de tartaruga, mas para isso se fala em luta e por essa causa eu também lutei.

Orgulhoso fiquei de, após 10 anos, estar à frente da Secretaria de Educação e ter a oportunidade de aderir ao Passe Livre para o meu município, juntamente com a administração e a minha equipe de trabalho. Politica publica impulsionada pela luta estudantil da qual fui militante, e acolhida pelo Governo Estadual.

Não falo isso de forma pretenciosa, mas sim significativa na minha trajetória como cidadão e agente de uma história que acredita na força da juventude, que luta por dias melhores.